Grupos de proteínas tóxicas que se acredita serem responsáveis pelo declínio cognitivo associado à doença de Alzheimer chegam a diferentes regiões do cérebro precocemente e se acumulam ao longo de décadas, de acordo com um novo estudo publicado nesta sexta-feira (29/10/2021) na revista Science Advances.
Na doença de Alzheimer, a tau e outra proteína chamada beta amilóide se acumulam em nós e placas — ambas conhecidas como agregados — que matam as células cerebrais e encolhem o cérebro. Isso, por sua vez, resulta em perda de memória, alterações de personalidade e incapacidade de realizar funções cotidianas. Estima-se que 44 milhões de pessoas sofram da doença em todo o mundo.
Pesquisas anteriores, conduzidas principalmente em animais, sugeririam que os agregados se formam em uma região e, em seguida, se espalham por todo o cérebro, da mesma forma que o câncer se espalha.
O novo estudo aponta que, embora essa disseminação possa ocorrer, ela não é de fato o principal fator para a progressão da doença.
“Visto que temos essas sementes, pequenos pedaços de agregados por todo o cérebro, eles simplesmente se multiplicam e esse processo controla a velocidade”, disse à AFP Georg Meisl, químico da Universidade de Cambridge e principal autor do artigo.
O estudo conseguiu determinar que os agregados levam cerca de cinco anos para dobrar de quantidade. Esse número é “encorajador”, de acordo com Meisl, porque mostra que os próprios neurônios do cérebro são bons em neutralizá-los.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
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